quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Relatório Mundial sobre a Deficiência é lançado em português



28.02.2012
 
Relatório Mundial sobre a Deficiência é lançado em português

Foi lançada no último dia 23 de fevereiro a versão em português do Relatório Mundial sobre a Deficiência (World Report on Disability), produzido pela Organização Mundial da Saúde e pelo Banco Mundial. Responsável pela tradução, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência promoveu um Seminário para discutir e identificar os desafios à implementação das práticas recomendadas pelo Relatório no sentido da promoção de oportunidades iguais para pessoas com e sem deficiência, conforme estabelece a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas.
O Seminário Internacional sobre a Implementação do Relatório Mundial sobre a Deficiência reuniu representantes de mais de 10 países, com 700 participantes presenciais, além das centenas de pessoas que acompanharam o seminário via web, com transmissão simultânea, ao vivo.
A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Dra. Linamara Rizzo Battistella, ressaltou o papel de destaque que o Brasil tem na América Latina em relação à construção de políticas para as pessoas com deficiência. “A deficiência é resultado da interação entre a pessoa e o meio ambiente, sendo a deficiência tanto mais grave quanto maiores forem as barreiras que a impedem de interagir com a sociedade. É preciso enxergar a pessoa humana, com e sem deficiência, como protagonista de seus direitos”, disse.
Dados sobre a Deficiência no mundo
Aleksandra Posarac, líder de equipe sobre Deficiência e Desenvolvimento do Banco Mundial, e Kristen Pratt, assessora técnica da equipe de Deficiência e Desenvolvimento do Banco Mundial, fizeram a apresentação do Relatório, que tem como objetivo fornecer uma análise completa da importância da deficiência no mundo.
Com 70 países representados, o relatório estima que 15% da população mundial vivam com alguma forma de deficiência, ou seja, 1 bilhão de pessoas. Dessas, 190 milhões têm dificuldades sérias. Conforme explica Kristen, o aumento do número de pessoas com deficiência se deve a maior perspectiva de vida, doenças e acidentes. “A deficiência afeta as pessoas de forma diferente e pobres, idosos e mulheres têm maior probabilidade de adquiri-la”. O ambiente facilita e restringe a participação dos deficientes na sociedade e tem como impacto saúde pior para os mais pobres, menos educação e menor participação econômica.
Aleksandra destaca que o grande desafio para a produção do relatório foi a diversidade entre os países em relação a disponibilidade de dados e as diferentes formas de medição. “Para melhorar a coleta de dados, recomendamos usar ferramentas apropriadas e melhorar as estatísticas nacionais”, diz.
Sobre a saúde, Aleksandra lembra que as pessoas com deficiência têm necessidades de saúde básica iguais a todos, por isso não deveria haver discriminação no acesso. “Dados mostram que deficientes têm três vezes mais chances de serem maltratados por profissionais de saúde”, alerta. A reabilitação, apesar de ter dados globais limitados, é um bom investimento, pois melhora a capacidade humana e promove a participação.
Antes do lançamento da versão em Língua Portuguesa, o World Report on Disability foi lançado em Nova York, em 9 de junho de 2011.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

descontos na conta de energia elétrica para alguns pacientes especiais


27/02/2012
Portaria oferece descontos na conta de energia elétrica
No último mês de novembro, foi publicada no Diário Oficial da União, a portaria nº 630 que trata sobre o desconto (de 10% a 65%) na tarifa de energia elétrica de famílias que têm pessoa com doença ou deficiência em casa e necessitam do uso de equipamentos médicos elétricos de uso continuado.

A portaria, que inclui esse público entre os beneficiados da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), foi assinada durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença da presidente Dilma Rousseff. A medida integra as ações da rede Saúde Toda Hora, que está reestruturando os serviços de urgência e emergência do país.

A fim de participar do programa, as famílias devem ser inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e possuir renda mensal de até três salários mínimos. Os descontos variam de 10% a 65%, dependendo do consumo. Quem consome até 30 kw/h por mês, por exemplo, terá desconto de 65% na conta de luz; de 31 kw/h até 100 kw/h, o desconto será de 40%; e acima de 100 kw/h cai para 10%. Com essa medida, o governo pretende estender o benefício para quem de fato é consumidor de baixa renda e consome até 220 kw/h por mês.

Para ter acesso à Tarifa Social de Energia Elétrica, o responsável pela unidade consumidora ou o próprio portador da doença ou com deficiência poderá solicitar o benefício às concessionárias.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Estudo mostra importância do dentista para pacientes com HIV



A importância do tratamento dentário em portadores de HIV é evidenciada em pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. O estudo da cirurgiã dentista Luciana Molin França destaca, entre outros aspectos, a necessidade de maior participação do profissional dentista na equipe multidisciplinar de atendimento a estes pacientes, e o tratamento dentário como instrumento para melhorar a qualidade de vida destas pessoas.
Para realizar a pesquisa de mestrado Importância do tratamento odontológico e de fatores associados na qualidade de vida dos portadores de HIV/Aids, Luciana aplicou o questionário SF-36, normalmente utilizado em pesquisas clínicas na área médica, em 100 pacientes de Ribeirão Preto, atendidos na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI) e no Núcleo de Gestão Assistencial (NGA) da Unidade Básica de Saúde de Ribeirão Preto. “Os pacientes foram divididos em dois grupos. Um era composto de 50 pessoas que receberam tratamento dentário no NGA. O outro grupo, também com 50 pessoas, não recebeu o tratamento dentário. Estes, eram atendidos na UETDI”, conta a dentista.
O SF-36 se mostrou uma eficiente ferramenta de análise. Com o instrumento, foi possível analisar os dados e constatar diferenças estatísticas entre os dois grupos estudados. Uma das conclusões, segundo Luciana, é que o tratamento odontológico sozinho não foi capaz de influenciar na qualidade de vida dos pacientes. “Mas detectamos algumas covariáveis associadas a ele que puderam também exercer influências positivas ou negativas na qualidade de vida dessas pessoas”, ressalta a especialista.
Poucas diferenças
O SF-36 permitiu avaliar oito domínios em relação aos pacientes dos dois grupos: capacidade funcional; aspectos físicos; dor; estado geral de saúde; vitalidade; aspectos sociais; aspectos emocionais; e saúde mental. Entre estes aspectos, as únicas diferenças entre os dois grupos foram nos domínios dor e vitalidade. “Achamos estranho apenas estas diferenças. Estudamos então, as covariáveis, como sexo, trabalho, carga viral do vírus, CD4, uso de antiretrovirais, tabagismo, etilismo e drogadição”, lembra a pesquisadora. A pesquisadora cruzou as covariáveis com os domínios do SF-36.
Luciana relata que, por intermédio de algumas características da doença, o profissional dentista pode ser capaz de auxiliar no diagnóstico do HIV/aids. “O atendimento a um paciente com Aids não é mais complexo que o de uma pessoa sem a doença. Mesmo assim, ainda há um certo estigma por parte de alguns profissionais”, lamenta. A pesquisa iniciada em 2008, sob orientação da professora Alcyone Artioli Machado, do Departamento de Clínica Médica da FMRP também revela a precariedade do sistema público de saúde em relação ao número de dentistas para o atendimento às pessoas com HIV/aids. “Aqui em Ribeirão Preto, por exemplo, na UETDI e no NGA há apenas duas dentistas, uma para cada unidade de atendimento”, revela Luciana.
Fonte: Agência USP

Falta de higiene bucal aumenta risco de infecções em pacientes internados



Tema é destaque do Fórum de Odontologia Hospitalar em Aracaju (SE).
Falta de cuidados aumenta a possibilidade de graves infecções.
A falta de tratamento dentário aumenta a possibilidade de graves infecções a pacientes internados nas unidades hospitalares de Sergipe. É que o Estado ainda não possui o serviço de odontologia no ambiente hospitalar. A importância desse atendimento foi o foco principal do Fórum de Odontologia Hospitalar que foi realizado, pela primeira vez, em Sergipe no último dia 10. O tema foi ministrado pela cirurgiã dentista Teresa Márcia de Morais, coordenadora do Departamento de Odontologia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira- AMIB.
A boca é uma das portas de entrada para infecções, principalmente a respiratória. Se não estiver limpa, facilita a proliferação das bactérias. Se não tratadas, elas podem comprometer o quadro clínico do paciente, especialmente dos entubados, além de atrasar o processo de alta. É o que explica o cirurgião-dentista, José Augusto Santos, coordenador de cursos do Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE).
A situação é ainda mais grave nas Unidades de Terapia Intensiva, onde a falta de higienização bucal pode causar até pneumonia ao paciente, doença responsável por 30% das mortes nesse ambiente. “A higiene bucal deficiente é comum em pacientes internados em UTIs. O papel do cirurgião dentista nesse ambiente pode auxiliar muito na diminuição de infecções graves, pois porcentagem considerável dessas infecções começa pela boca”, reforça o dentista.
O Fórum sobre a importância de o cirurgião-dentista no ambiente hospitalar faz parte do IX Curso de Atualização em Clínica Odontológica promovido pelo CRO-SE. A iniciativa tem o objetivo mobilizar os profissionais da saúde para ampliar a discussão sobre o risco infeccioso que a cavidade bucal pode representar especialmente em pacientes críticos focando como esse quadro pode ser revertido com a higienização da boca, um procedimento que hoje é feito de forma superficial.
Também estiveram dentro dos temas em discussão no Fórum o atendimento interdisciplinar em UTI. O assunto teve como palestrantes o enfermeiro Alisson Azevedo; o fisioterapeuta Manoel Cerqueira; a médica intensivista Janicelma Lins e a cirurgiã dentista Tereza Márcia (Barretos-São Paulo), coordenadora do departamento de Odontologia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) coordenado pelo Dr. José Teles de Mendonça.
Fonte: G1

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Odontologia para pacientes com necessidades especiais


SEÇÃO XI - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais

Art. 69. Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais é a especialidade que tem por objetivo
o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal dos pacientes que apresentam uma complexidade no seu sistema biológico e/ou psicológico e/ou social, bem como percepção e atuação dentro de uma estrutura transdisciplinar com outros profissionais de saúde e de áreas correlatas com o paciente.

Art. 70. As áreas de competência para atuação do especialista em Odontologia para Pacientes com
Necessidades Especiais incluem:

a) prestar atenção odontológica aos pacientes com graves distúrbios de comportamento, emocionalmente perturbados;

b) prestar atenção odontológica aos pacientes que apresentam condições incapacitantes, temporárias ou definitivas a nível ambulatorial, hospitalar ou domiciliar; e,

c) aprofundar estudos e prestar atenção aos pacientes que apresentam problemas especiais de saúde com repercussão na boca e estruturas anexas.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Entrevista com Profª.Drª.Maria Teresa Botti Rodrigues dos Santos



  1. Entrevistado
  Maria Teresa Botti Rodrigues dos Santos, Cirurgiã-Dentista (FOUSP/1978); Especialista em Odontogeriatria e Pacientes com Necessidades Especiais; Mestre em Reabilitação (UNIFESP/1997) Doutor em Ciências (UNIFESP/1999); Pós  Doutorado (UNICAMP/2002); Habilitação em Laser e Analgesia Inalatória; Gestora do Setor Odontológico do Centro de Reabilitação Lar Escola São Francisco/UNIFESP; Professora dos cursos de Graduação e Pós Grduação (Mestrado e Doutorado) em Odontologia da UNICSUL.


  1. Sabemos que é uma referência no atendimento à pessoas com necessidades especiais, mas como iniciou sua carreira com esse público?
 Já nos bancos universitários era aluna monitora bolsista da disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial, onde eram atendidos pacientes sequelados de ressecções tumorais da face, e outras malformações. Em 02 de fevereiro de 1981, isto é há 31 anos, o desafio de atender odontologicamente indivíduos com deficiência física no Centro de Reabilitação Lar Escola São Francisco, despertou em mim uma necessidade muito grande de aprendizado, que me acompanha até a presente data, objetivando promover saúde bucal destes pacientes.

  1. O que um dentista recém formado precisa “fazer e saber” para seguir essa carreira?
  Estudar, querer aprender, estar aberto a novos desafios, novas abordagens, não desistir nunca e principalmente acreditar que sempre é possível grandes avanços mesmo em pequenos movimentos.

  1. Onde procurar essa formação na pós graduação? 
  Vários centros promovem cursos de especialização nesta área, como a ABENO, APCD e a UNICSUL

  1. Alguns colegas dizem que esse atendimento não é lucrativo, o que acha disso?

  Há que se ressaltar que esta especialidade não prove os mesmos rendimentos financeiros comparados a outras mais lucrativas, mas tem muita coisa que o dinheiro não compra......

  1. Conte-nos algum fato marcante em sua carreira.

  São várias as passagens ao longo destes anos. Muitos positivos como pacientes que encaminhamos para pesquisa de refluxo gastroesofágico pela observação clínica das erosões dentarias; pacientes que receberam toxina botulínica em músculos mastigatórios pois faziam auto injúria, muitas dietas modificadas, muitos hábitos deletérios removidos, o fim da linha de muitos pacientes que choravam de dor e depois de passar por todos os profissionais da saúde detectávamos focos infecciosos, e outros. Infelizmente alguns acontecimentos negativos também marcaram minha trajetória, como a pequena que convulsionou na minha cadeira e não houve tempo para socorrê-la, uma bradiarrtimia num paciente sindrômico que quase foi para o céu...
Mas o saldo foi muito positivo.

  1. Deixe algum conselho para nossos leitores, principalmente aos colegas que estão pretendendo iniciar o atendimento à pessoas com necessidades especiais.
  Quando deito minha cabeça a noite no travesseiro tenho a sensação de missão cumprida, não só com a minha família, mas também com as pessoas com deficiência. Faça sua parte para nunca se arrepender do que que deixou de fazer 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Avanços na pesquisa da genética do autismo | Agência FAPESP :: Especiais

Avanços na pesquisa da genética do autismo | Agência FAPESP :: Especiais

Avanços na pesquisa da genética do autismo

01/02/2012

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – Pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) deram importantes passos para desvendar o mecanismo genético do transtorno do espectro autista – como é classificado atualmente o autismo.

Eles identificaram mais um dos diversos genes relacionados ao distúrbio comportamental, além de uma desordem genética que pode dar pistas para explicar a dificuldade que os autistas têm em interagir socialmente. Ligado ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), o CEGH é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

Os resultados da pesquisa foram apresentados na Escola São Paulo de Ciência Avançada:Avanços na Pesquisa e no Tratamento do Comportamento Autista, realizada no início de janeiro na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O evento, realizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade de apoio da FAPESP, foi organizado pelo professor Celso Goyos, do Departamento de Psicologia da UFSCar, em parceria com Caio Miguel, da Universidade do Estado da Califórnia, e Thomas Higbee, da Universidade do Estado de Utah, nos Estados Unidos.

Ao estudar, nos últimos três anos, os cromossomos de cerca de 200 pacientes com autismo atendidos no CEGH, os pesquisadores brasileiros identificaram em três deles uma alteração cromossômica do tipo translocação equilibrada, isto é, a troca entre segmentos cromossômicos sem aparente perda do material genético.

Em um dos três pacientes, observou-se que essa translocação genética provocou o rompimento de um gene, chamado TRPC-6, que atua em um canal de cálcio no cérebro, controlando o funcionamento dos neurônios, em particular, das sinapses neuronais – a comunicação entre os neurônios.

“Imaginamos que, por causa desse desequilíbrio no rearranjo cromossômico dos pacientes com autismo, ele tenha uma menor quantidade dessa proteína TRPC-6, o que faz com que menos cálcio vá para os neurônios”, disse Maria Rita dos Santos e Passos-Bueno, pesquisadora do Centro de Estudos de Genoma Humano da USP, à Agência FAPESP.

“O resultado final dessa alteração genética é um neurônio menos ramificado, que realiza menos sinapses [comunicação entre neurônios]”, explicou.

De acordo com a cientista, essa translocação genética, em que metade do gene TRPC-6, localizado no cromossomo 11, migrou para o 3, aniquilando sua função, é muita rara e dificilmente é encontrada em outros pacientes com autismo.

Porém, a via de sinalização celular comprometida pela mutação de um gene relacionado ao autismo, como a observada no paciente atendido, pode ser comum a outras pessoas afetadas pelo distúrbio neurológico. “Em outros pacientes com autismo, a mutação pode estar em outro gene desta mesma via de sinalização celular”, indicou.

Tratamento personalizado

Segundo Passos-Bueno, alguns dos principais avanços no estudo do autismo nos últimos quatro anos foi a constatação de que o distúrbio neurológico está relacionado a mutações específicas em um ou dois genes, que variam de um paciente para ou outro.

Os desafios para os próximos anos serão estudar as vias de sinalização celular envolvidas pelos genes relacionados ao autismo para que se possa tentar desenvolver alternativas de tratamento.

“Precisamos investigar se os genes relacionados ao autismo de cada paciente estão envolvidos com uma ou mais vias de sinalização celular. Se estiverem envolvidos com várias vias de sinalização, será preciso desenvolver quase que uma droga por paciente. Será um tratamento personalizado”, disse.

Outro desafio a ser superado será entender o funcionamento dos genes possivelmente relacionados ao autismo identificados por seu grupo no Centro de Estudos do Genoma Humano para testar o quão semelhantes são entre eles.

Para isso, o grupo utiliza a tecnologia de iPS, que possibilita que células-tronco da polpa de dente de pacientes autistas sejam induzidas a se tornarem pluripotentes, derivando-se em células de todos os tipos, como neurônios.

Por meio de uma colaboração iniciada na pesquisa sobre o gene TRPC-6 com o brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, o grupo de pesquisa passou a dominar a técnica e a implantou no CEGH para dar continuidade ao projeto.

Os pesquisadores do centro também pretendem utilizar outros modelos mais simples para estudar o funcionamento dos genes relacionados ao autismo, como em drosófilas e peixe-zebra (Danio renio), antes de partir para modelos mais complexos, como camundongos ou a própria iPS.

“A vantagem desses modelos mais simples é a possibilidade de testar combinações de vários genes e realizar mais de uma mutação para analisar sua relação com o funcionamento neuronal a um custo relativamente mais baixo do que a iPS e o modelos utilizados”, disse Passos-Bueno.